Não posso entender porque às vezes olho para cima e não vejo nada. Não posso compreender porque o mesmo céu possui significados tão diferentes e um alcance tão profundamente distante entre seus admiradores. Seria possível admitir e sonhar que o que foi construído ao longo de um arranjo de bilhares de anos, fosse idealizado para o fornecimento energético do melhor possível, dentro de uma produção para o culto à harmonia entre os seres vivos.

Eu sei, você sabe, que o verdadeiro equilíbrio pode ser traduzido no sorriso estampado por uma criança, que quando surgiu tinha a exata dimensão de todas as outras, de alguém que não escolheu o aonde, nem quando, nem como, apenas veio como a luz que supera o som.

Você sabe, e eu também, que o equilíbrio vem da felicidade que transfere um sorriso, que qualifica a vida, que retira de simples gestos a possibilidade de que continuemos acreditando que o mundo do céu, das estrelas, das águas, das montanhas, foi delicadamente criado para que todos se sentissem belos e realizados.

Desejar um final de ano feliz, não pode ser um ato egoísta, deve estar estendido com soluções frente a preocupações daqueles que sabem que a vida é um filme imperfeito, aonde poucos realmente trabalham pela coletividade equilibrada, pela justiça e pelos direitos inalienáveis do cidadão. Peço uma analise de consciência, busco e procuro um recurso lá no fundo do seu coração, uma pequena artéria que será responsável por um pulsar a mais para o andamento de uma obra que sempre estará inacabada, pela ausência de freqüência da pratica social. Juntos, podemos quebrar um destino blindado dentro do mundo que já se acostumou e optou pelo isolamento.

Do médico Drausio Varela, escutei que somos muito mais do que o necessário ou do que a realidade dos que necessitam. Nosso conhecimento é muito pouco para as exigências globais, mas é muito mais do que o esforço que deveríamos fazer para que nossa humanidade fosse simplesmente saudável e feliz.

Sérgio Dal Sasso

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