Grandes avanços, grandes e rápidas mudanças, exigem novas adaptações novos ajustes para que continuemos pela busca de um equilíbrio social, político e econômico. No mundo atual não se têm mais espaços para o desenvolvimento sem o acompanhamento e entendimento da palavra sustentável e tudo que ela representa. Explorar, criar e produzir e sucatar, sempre fizeram parte do ciclo de produção das atividades de negócios e sua rotação sempre foi diretamente proporcionais a tecnologia e competitividade. Desta forma e simples entender que o conceito evolutivo do consumo dentro do mundo capitalista, introduziu a necessidade compulsiva de se comprar, de se trocar, mesmo quando desnecessário, pelo impulso motivado pela necessidade continua do giro econômico. Se por um lado esquecemos que num passado não muito distante precisávamos de muito pouco para ser felizes, coisas do tipo, comprar produtos naturais na feira, almoços com a família no domingo, piquenique na praia, uma única tv para a família, um par de conga, uma calca USTOP...hoje temos que ajustar nossos orçamentos para garantir em suaves prestações a quantidade de itens e valores que consideramos básicos para a sobrevivência de nossa família, dos nossos filhos. Se por um lado estamos cercados de conforto, por outro temos que perceber que a quantificação do consumo fez com que ocorresse um desequilíbrio ambiental representado pelo lixo global sucatado em proporção geométrica contra investimentos em progressão aritmética para sua solução.

Façamos agora, mesmo não sendo vidente, nem economista, uma reflexão razoável sobre necessidades futuras do ponto de vista mercadológico. Nossas reservas naturais, tais como, minérios, água, florestas tendem por natureza demográfica e estimulo ao desenvolvimento a serem finitas e sua exploração não sustentada nos levaria a um colapso social e econômico, a tecnologia continuara eliminando o fator humano da produção e o lixo continuara sendo o mal necessário de quem tem que produzir mais, com custos de menos. As grandes organizações continuarão buscando o domínio de mercado e as organizações governamentais terão um enorme trabalho para repatriar e reciclar profissionais para novas funções em novas atividades. Se por um lado alguém produz, por outro, outros poderão focar suas atividades para reprocessar o sucateamento fazendo com que o ciclo produtivo não seja tão dependente dos recursos naturais, e ao mesmo solucionando dois graves problemas do mundo global, o desequilíbrio ambiental e social tão crescente no mundo moderno.

Estima-se que no Brasil, nos próximos dois anos, devam surgir mais de 500.000 ocupações ligadas ao trabalho com o meio ambiente, e suas atividades estarão em todas as fases produtivas, tais como recuperação ambiental, desenvolvimento de novas técnicas de reprocessamento e reaproveitamento de materiais, coletagem, armazenamento, distribuição e logística de material reciclável, programas reeducacionais de conscientização, em fim uma infinidade de opções de negócios e para quem pretende ser um ECOEMPREENDEDOR neste mercado de grandes perspectivas futuras.

Para os empresários a palavra reciclar, passou a ser um diferencial competitivo em importância de imagem para o crescimento do seu negocio. Pesquisas demonstram que o retorno de empresas ecologicamente participantes da causa ambiental e infinitamente maior, pois esta diretamente ligada ao crescimento de um consumidor em processo de conscientização da importância da palavra “preservar”. Nestes casos, as empresas que estão desenvolvendo seus projetos internos de reciclagem, servem de exemplo e imagem para a comunidade empresarial e consumidora na defesa do meio ambiente. Empresas como Natura, Petrobrás, Alcan, Estados e Municípios, ONG’S, entre outras, entenderam que o caminho para o seu crescimento sustentável esta intimamente ligado à busca de soluções de negócios, que não prejudiquem a qualidade ambiental necessária, para que simplesmente possamos estar vivos, sorrindo, respirando, bebendo e se alimentando em conjunto com aqueles que nos cercam.

Nossa sugestão para você que hoje procura uma nova atividade para o seu desenvolvimento voltada-se para que olhe com muita atenção para este mercado ainda em processo de formação e que portanto se encontra na dependência de projetos que o sustente. Para tanto estude, pesquise, procure mais informações na internet, pois tenha a certeza que o ECOEMPREENDEDOR de hoje terá vaga garantida nas necessidades futuras do mercado de trabalho.

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Sérgio Dal Sasso, consultor empresarial, escritor e palestrante. Palestras em administração, empreendedorismo, vendas e educação profissional.