OTIMISMO: Peter, BRAZIL, Pedrão, BRASIL... (Palestrante Sérgio Dal Sasso)
Gosto muito de trabalhar no contra fluxo das tendências. Em fevereiro de “2008” quando o mercado estava em êxtase, escrevi o artigo Administração Sustentável, aonde pincelava o quadro da crise econômica mundial, não por ser vidente, mas pela lógica do que já estava acontecendo.
Nesse momento, em dezembro de “2008”, deveria como todo mortal e colunista independente, fechar a questão com um feliz natal, ano novo ou carnaval. Nada disso, pois a arte de administrar não é dependente de datas e as oportunidades devem ser precedidas de visões, realinhamentos e identificação das novas necessidades.
Nossa visão é que entraremos em “2009” com um imenso “currículo” de receios e, portanto com um vasto universo de empresas e profissionais conectados pelo exercício de soluções. Ótimo, pois quando vemos que está todo mundo se mexendo pela superação, sempre acabamos colhendo bons frutos.
Essa crise nos pegou, mas não fomos o motivo e isso já é um grande fator de comemoração, pois temos por trás dela todo um processo de redefinições de conceitos da onde vale à pena e da onde existe decadência.
É por esses acontecimentos que começo a valorizar e interpretar o real significado de sermos classificados como nação emergente, que traduzido significa: Menos endividada, potencial em recursos naturais, especialização em terra, em pecuária, mercado potencial interno de consumo e produção de produtos de real necessidade, ou seja, na essência, quem não comprar vai morrer de fome. Falando em morrer de fome ainda temos no mundo mais de um bilhão de pessoas aonde o sonho maior é o de poder comer bem.
Tudo isso é fantástico, incluindo o fato de que os redutores que impediam o nosso consumir, aplicados aqui em índices únicos no mundo, agora em parte passam a serem soluções rápidas para a viabilização do equilíbrio com retomada do consumo e retorno do interesse internacional.
Coisas do tipo “spread bancários”, cargas tributárias, custos governamentais, baixos investimentos em infra-estrutura e até a exposição mercadológica centrada em produtos básicos vão pesar muito nessa retomada, pois impediram nesse momento tivéssemos um excesso de exposição (jurídico e físico) e por serem gorduras, podem facilmente serem derretidas, revistas e incorporadas dando espaços de respiros para que sejamos seres normais.
Deus deve ser realmente Brasileiro, pois não duvido nada se passarmos a ter a melhor taxa de crescimento entre os emergentes e devo reconhecer competência das ações que estão sendo praticadas. Ta parecendo que estamos muito mais por dentro das nossas possibilidades, se quando compararmos com os modelos adotados tipo “perdido no espaço” por grandes nações do lado de fora.
É fato que as ações que estão sendo adotadas dependem do entendimento nacional, da ausência do individualismo em relação ao lucro fácil, e do não querer ceder. Dependem também, mais do que só o marketing das palavras, de soluções criativas nos setores mais afetados, principalmente porque planos quando em projetos de investimentos sempre são montados com a base no amanhã e nesse caso estavam pela previsão de um grau de crescimento mundial que certamente não existirá.
Sabemos da nossa criatividade, mas agora ela deve de fato inovar e de certo veremos fazendeiros cooperativando seus equipamentos, locando-os quando não em uso. Da mesma forma que veremos novas estratégias no comercio ampliando suas segmentações e possibilidades multifuncionais. Indústrias incluindo em seus modelos soluções no caso a caso, a construção civil buscando melhor aproveitamento e redução do desperdício.
Por conseqüência final disso tudo, mais dedicação, conhecimento e respostas que garantirão a passagem pela turbulência e um modelo de negócio mais sustentável, pelo fato de ter sido desenvolvido pela gestão da necessidade.
Saudações a todos! Dois mil e nove, o ano de incentivo ao conhecimento e que ainda vai deixar muita saudade.
Sérgio Dal Sasso: Conhecimento, Visão e Conteúdo
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Sérgio Dal Sasso, Palestrante e Consultor - Administração, Empreendedorismo, Vendas e Educação Corporativa
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