Conhecer, compreender, delimitar o mercado e aprender a nadar para lidar e interagir com ele. Talvez essa seja a parte mais exaustiva de uma atividade profissional, a de conseguir colocar em pratica as equações para que realmente possam gerar o efeito esperado, transformando-nos numa boa alternativa de degustação e preferência.

É muito natural que as pessoas passem a maior parte dos seus tempos pensando, principalmente quando os índices das preocupações são maiores do que as possibilidades de soluções. Mais natural ainda é a nossa disposição para selecionar os problemas pelos mais fáceis, colocando na frente aqueles que aparentemente teriam uma solução mais rápida ou mesmo que pudéssemos utilizar outros para sua equação. Nessa peneirada do dia a dia, vamos adiando as causas mais difíceis, e quase sempre pelo grau de dificuldade, medo e rejeição que sentimos frente às possibilidades de negativas diante da imprevisibilidade.

O problema da gestão não é a ousadia dos seus empreendedores, mas a limitação imposta para os que ousam, ora por causa de um justo apoio (R$) para os projetos de médio e longo prazo, ora pela natural indisposição de persistir naquele sonho por muito tempo. A conseqüência disso é que quando concluímos um projeto, já estamos em cima da hora para sua execução e por isso muitas vezes não temos as condições ideais para estabelecer sua forma e aguardar seu tempo de amadurecimento.

O alerta de um projeto profissional, é que se comece pela difícil missão de encontrar seus pares, antes mesmo do imediatismo da necessidade. Existe um velho ditado que se refere à com quem andas, que no fundo tem sua origem com o tempo que reservamos para dedicação a essas relações, se envolvendo, sendo participativo, útil e aprendendo a identificar qualidade e afinidades com aqueles que poderão acompanhar-nos por grandes períodos.

É muito difícil produzir amigos, mas é fundamental produzir parceiros antes de termos necessidade, pois os vínculos e a aceitação comportamental dos indivíduos nunca são percebidos em uma primeira hora, mas sim pela segurança e confiança de longos anos de convivência.

Você pode estar com baralho na mão, mas só terá maior segurança junto com pessoas que aceitem o desafio ao seu lado, e que mesmo quando cientes dos riscos, continuem no dia seguinte pela certeza de que ainda terão a chance de rever suas próprias perdas.

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Sérgio Dal Sasso, palestrante, escritor e palestrante. Palestras em administração, empreendedorismo, vendas e educação profissional.