Estou procurando alguém que traga no paletó uma previsão positiva em relação aos novos caminhos da economia, pois está no bolso vazio a percepção de que as coisas ainda não se encontram do “jeitinho que queríamos”. Procurei o Gustavo Franco, o Maílson, Joelmir e tantos outros notáveis analistas, e percebi que também para eles faltam subsídios para explicar o estagio das coisas.

Alguns amigos estão na caça dos esotéricos, pois dizem que os cristais podem fazer algo por nós, outros estão quietinhos para não provocar a ira dos deuses e assim perderem o pouco que ainda resta. Sorte mesmo tem o amigo Lula, pois pelo que consta está sobrando um tempinho para uma cervejinha... Opa! Eu não disse nada, pois se continuar é capaz de ser extraditado para o Paraguai e quem sabe por lá as coisas sejam a ser um pouco mais claras.

O que fazer? Por onde recomeçar? Como tirar água de pedra? Como pagar os tributos da vida em dia? Estas e outras questões se encontram diariamente nos bares e nos lares de todo brasileiro (Pelo menos os que impostos pagam impostos). Lula a parte um dos setores que mais crescem no País é o de destilados...

Todos sabemos que o caminho e momento não mais dependem de governos, e de situações imediatistas, pois a realidade nacional é que com recursos ou sem recursos, temos que assumir, analisar e repensar num conjunto de situações que impedem os avanços rumo à formação de uma nação competitiva (55º Pais do mundo).

Em uma analise simplista, reconhecidamente somos pouco coletivos quando o tema é relacionamento empresarial, e talvez o motivo principal desta característica nacional esteja no fato de que as instabilidades provocam necessidades de constantes mudanças de atitudes e estas continuadas adaptações são de caráter urgencial de cada um, mal permitindo tempo para dedicação a aqueles mais próximos. Mas o que será do Brasil se entregarmos os pontos pela inexistência de formas eficazes de comunicação e respostas evolutivas. O que será deste Brasil quando sabemos que de cada R$ 100,00 (cem reais) contribuídos direta e indiretamente via governo somente R$ 20,00 (vinte reais) retornam em benefícios estruturais para a nação.

Será que a nossa vocação futura, por pertencer a um Brasil pobre e dependente, está predestinada a ser alternativa barata, quando do interesse do capital produtivo externo. Veja como tudo é interessante, aprendemos uma segunda língua não para ir buscar oportunidades lá fora, mas para se comunicar com o comando externo, para facilitar a vida de quem hoje nos emprega. Tanto falamos na necessidade de agregar valor as nossas exportações (comodities) e se quer conseguimos negociar o básico diretamente como o comprador externo.

Veja, na Exame (Revista), o caso da soja nacional, que quando intermediada pela Alemanha, neste ano, foi vendida a 50% do valor que os “loirinhos” repassaram ao mercado comum Europeu. Neste caso especifico, nossos parceiros ganharam o suficiente para o seu abastecimento interno “sem custo”, pois repassaram 50% do volume adquirido. Fantástico não é, ou eles são muito competentes ou nós não damos nenhuma importância e valor ao que e como fazemos!

Sempre disse e vou continuar praticando... Tá na hora de criarmos identidade e mecanismos que protejam, reeduquem e valorizem nossas redes de negócios, reintegrando nosso povo nas fases estratégicas que comandam as situações. Daqui para frente nós teremos que transformar gente inteligente em gente competente para potencializar através de um “pool” uma frente participativa capaz de perceber e vencer as barreiras que limitam nossos resultados.

Sérgio Dal sasso

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Por Sérgio Dal Sasso, consultor e palestrante em Administração, Empreendedorismo, vendas e Educação Profissional